Ainda hoje não sei do que gostei mais naquela mulher.
Se foi, da sua pele macia ou da sua boca ousada que nunca estava quieta e calada.
O que sei…
É que, naquele tempo…
Estar com ela, era sempre um delírio que me cegava, que depressa me inflamava.
Se de quando em quando nos perdíamos em euforia.
Depressa também nos achávamos e continuávamos em perfeita sintonia.
Amá-la!
Foi sempre para mim uma necessidade.
Uma urgência inadiável.
Mas amá-la!
Não podia ser uma coisa vulgar.
Amá-la!
Teria forçosamente de ser sempre uma renovada arte.
Mulher! Não pode ser amada a correr.
Por isso, eu sempre gostei de a fazer mulher, perlongando o seu prazer.
Até o seu quadril se agitar, até ele, da cama e ao encontro do meu corpo se levantar, até o seu ventre se incendiar, até todo o seu ser, inundado em prazer… se agigantar.
Sempre começava… Com longos preliminares.
Feitos de carícias, mimos e beijos que incendiavam novos desejos.
A carícia da vulva pelos meus dedos.
Dedos, que iam e voltavam e que dentro do seu sexo os seus delírios renovavam.
Doces ilusões…
Vivi eu, quando promovia a sua masturbação.
Quando a lambia e chupava com emoção ou ganhava o seu chupão.
Terminamos, quando…
Um no outro nos roçamos, um no outro nos esfregamos até que, num orgasmo desvairado nos espumamos.
Já em período refratário, eu gritava e naquela cama me revolvia.
Enquanto ela sempre inquieta me mordia.
Dos nossos sexos um forte odor se desprendia pelo mel que deles ainda escorria.
s@si