O DIABRETE






No dia em que te disse… 
Hoje sonhei contigo, tu respondeste-me…

“O sonho é a tentativa de satisfazer um desejo”

Concordo.
E depois da nossa conversa, tantos foram os meus sonhos, tantos foram os meus desejos.
Entraste na conversa com a astúcia de uma serpente.
No entanto, depressa mostras-te ser mulher em demência, talvez fruto de alguma carência.
Pela demora nas respostas, notei que te fugiam as palavras.
Talvez fruto do mimo com que te tratei, talvez fruto do doce encantamento que sobre ti propositadamente lancei.
Mas que sonhos tenho eu contigo…
Por não te conhecer. Simples, como não podia deixar de ser.
Como será a tua boca?
Certamente linda e rosada. Certamente doce e perfumada.
Como serão teus lábios?
Certamente quentes, carnudos e bem delineados.
Certamente serão lábios talhados para grandes pecados.
Como será a tua língua?
Certamente macia, safada, maliciosa e atrevida.
Certamente molhada e quente. Certamente doce e ardente.
Como serão teus seios?
Certamente redondos e lindos.
Certamente enfeitados por belos mamilos arrepiados duros e rosados.
Como será o teu ventre? 
Acolhedor certamente.
Como serão as tuas nádegas?
Serão elas a minha sedução? E entre elas o que estará? O desfiladeiro da minha perdição?
Mas o meu maior, sonho. O meu maior, desejo… é mesmo, o de saber que valor terá o teu tesouro. Falo do teu clitóris, é claro.
Falo desse diabrete que é todo o teu céu de prazer, um prazer… que até pode doer.
Falo desse diabrete que para mim é uma fonte farta de néctar e mel.
Para o ver crescer sou capaz das maiores diabruras.
Mas para o ver melar te procuro dar o maior gozo e as mais insanas loucuras. 
Eu, o torturo… quando o beijo, quando o inundo de desejo.
Quando o serpenteio ou simplesmente à volta dele, faço um longo rodeio.
Clitóris… 
Esse pequeno diabrete que na mulher prova uma intensa explosão e para qualquer homem sempre deve ser lugar de grande tentação.

Eu… 
Sempre gostei de desvendar o seu segredo. 
Sempre gostei de fazer dele o meu brinquedo. 

S@SI